sábado, 31 de março de 2012

POEMA AMAR O MUNDO E ALGUÉM


AMAR O MUNDO E ALGUÉM

Amar alguém e o mundo
Com determinação e comoção
Com amor profundo
Este de cor rosa se inunda
É obrigação de qualquer cidadão
O calor humano se funda
Despidos de ambições
Devíamos olhar o mundo
Sem devaneios ou condições
Amar alguém
Com evitáveis leviandades
Amor… amar mais além
Amor de gosto
Onde se vislumbre ternura
Com observação do posto
Amar não será loucura
Amar o mundo amar alguém
Construir um mundo de ventura
Loucuras evitadas e teremos um bem

Daniel Costa

quarta-feira, 28 de março de 2012

POEMA MALDADE


MALDADE

“Quem mal não usa
Mal não cuida”
Ninguém ganha com a maldade
Diz o povo com enorme razão
Essa falta de sanidade
Desta sociedade desumana
É Risível a maldade
Havendo optimismo
Enquanto o flagelo atravessa a sociedade
Aprende-se também com o negativismo
A cada passo a maldade mais se avilta
Se, ela existe fora o pessimismo
Onde acontece maldade
Fica a sensação
Sempre de vez
Alguém não está sendo são
Aprende-se fica o favor
Fixa-se a lição
Assobia-se prazenteiro
Diz-se não sou eu não
Como se descesse a rua
Depois do serão
Na sonhadora madrugada
Procurando um bem
Afinal arredio
A andar e pensar muito mais além
De cabeça erguida
Feliz de quem a honestidade detém
É belo viver sem sombra de maldade
Poder sempre dizer Amem

Daniel Costa

segunda-feira, 26 de março de 2012

POEMA VIDAS


POEMA VIDAS

Embora seja dolo
Pior que nós, há sempre há alguém
Porém não se é tolo
É estímulo para esta nova encarnação
Não serve de consolo
Na primeira vivi sem consternação
Sigo na segunda
Vivo-a com a mesma emoção
Não a conheci imunda
Vivo talvez com mais amor e devoção
Apenas soube de escolhos
Vim a saber que houve permanente oração
Na transição passei incólume
Tal como na primeira
Veio novo mundo de sonhos
Procurarei a verdade inteira
Muitos outros sonhos risonhos
Outra maneira
A minha glória é esta
A hipertensão verdadeira
Sempre os sorrisos
Como se fossem bebedeira
Com o mesmo optimismo
Sorrirei e lutarei à minha maneira
Na procura da verdade
A vida inteira

Daniel Costa


sexta-feira, 23 de março de 2012

POEMA UTOPIA

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POEMA UTOPIA

Sonhei um dia
Acordei de avesso
Na minha mente apenas existia
Um mundo irreal
Dominava a utopia
Vivia num mundo surreal
De quimera, de fantasia
Fugir a este onde reina o mal
Um planeta onde se encontre outra via
Do amor de novo sinal
Nova sinergia
Outro mundo para se poder viver e amar
Num império onde seja banida a utopia
Um mundo novo
Onde se possa dar largas à fantasia
À fantasia de amar
Todo o mundo a colher a flor da alegria
Onde se possa ter armas para lutar
Com o fim de escolher
Um Éden nesse lugar
Excluir más intenções
Que apenas intentam amesquinhar
Como de fossem répteis anões
A emergir do nada para subjugar
Lutemos por um mundo de magia
Onde o amor se possa dourar
Que se acabe a utopia
Venham os deuses o mundo sufragar
Tamanha utopia
Que se está a implantar

Daniel Costa


quinta-feira, 22 de março de 2012

POEMA NOSTALGIA


NOSTALGIA
Doce recordar, Será magia?
Será a doce nostalgia?
Será a doce lembrança?
Do amor de algum dia
Do amor que não esqueceu
Um amor que não morreu
Gravado sempre ficou
Jamais deixar de recordar
Essa ternura de amar
Recordar esse farol
Como marinheiro do alto mar
Deuses!... Como consola amar
Ternura que se estendeu
Esse alto mar não perdeu
A ternura, a nostalgia, a esperança
Sempre o acto de muito amar
Pensamento a navegar
A nostalgia nunca vai minar
A grande ternura de amar
Esperança e nostalgia,
Podem encerrar magia
O tranquilo acto de amar
De alguém que está a regressar
De novo o alto mar
Por perto seria mais fácil amar
E... de novo a doce nostalgia
De ter amado alguém um dia

Daniel Costa

segunda-feira, 19 de março de 2012

POEMA NÃO TIVE TEMPO


NÃO TIVE TEMPO

Apenas para amar
De ganhar dinheiro por exemplo
Foi chegando o vagar
Arrecadar dinheiro não tive tempo
Tenho a noção que a trabalhar muito vivo
Fui cavador em tempo
Muitas coisas que na vida fiz!
Modesto vinhateiro
De petiz
Criado de servir na lavoura
Criador hortelão
Não acreditam?
A horta foi paixão
Em trabalhos concerto de estrada
Trabalhei um verão
Antes tinha guardado patos
Depois a civil construção
Terminei em ceifeiro
Antes conduzi burros e bois
Passei por padeiro
Guerrilheiro depois
A seguir balconista
Empregado de escritório
Onde terei sido artista
Escriturário
Editor, sem ser fadista
De arrecadar dinheiro não tive tempo
Estive como director jornalista
A tudo dediquei amor
Jornalista Free-Lancer
Irei acabar poeta e de prosa escritor
Ganhar dinheiro por exemplo, não deu tempo
Que terei feito dos trabalhos da vida?
Terei vagueado em passatempo?
Se não foi assim
Arrecadar dinheiro nunca houve jeito nem tempo

Daniel Costa


domingo, 18 de março de 2012

POEMA VULTOS DA CIDADE


VULTOS DA CIDADE

Amo a cidade
Sempre amei os seus vultos
Amei-os desde tenra idade
Apenas ouvia falar deles
Antes da puberdade
Sem nunca ter observado
Sem nunca ter conhecido o fervilhar da cidade
Sonhava viver e conhecer
Um ambiente mais profundo
Outro sentir
Ter maior ideia da grandeza do mundo
Sonhava conhecer os vultos da cidade
A maior vim a conhecer e nela viver então
Já de mais madura idade
Se me deslumbrou a grandeza?
A dos meus ídolos
A das lindas mulheres, essa singeleza
Esses platónicos amores
Essa natureza
São como flores
Que formam um jardim encantado
Que dão dimensão à vida
Num mundo amado
São essas mulheres, essas musas
Que se enfeitam para não terem idade
Que se bamboleiam sensuais
Os verdadeiros vultos da cidade
Amo viver
Amo o mundo nos vultos de cidade

Daniel Costa

sábado, 17 de março de 2012

POEMA SERÁ LOUCURA


SERÁ LOUCURA

Dizem que sou louco
Dizem, que me importo!...
De loucos todos terão um pouco
Convivo feliz com a loucura
Amo o mundo
Amo a ternura
Amo a vida
Tornando-a manto de brandura
Afastando a sofreguidão
A essa sei dizer:
- Não!…
Não vivo num universo
Num universo de ilusão
Sei que muitos choram
Porque não têm pão
Doçura será remédio na escassez!
Será mansidão?
Deixem-me ser louco
Digam-me que os grandes
Se preocupam um pouco
Façamos um apelo à humanidade
Enquanto justiça do Alto se espera
Esperar candura e mais humildade
Dos grandes que apenas almejam
Fazer figuras na desonestidade
Fazendo das injustiças bravura
Num mundo de insanidade
Bendita loucura
A denunciar um mundo de poucos
Fingindo que pensam
Muitas promessas, depois repartem trocos
Para muito arrecadar
Oh  insana loucura!
Depois muito a poucos dar
Olhai a robustez
A dos verdadeiros loucos
Dos loucos de vez

Daniel Costa



quinta-feira, 15 de março de 2012

POEMA MUDA A HORA


MUDA A HORA

Muda a hora no foro
Em Portugal é mister mudar
Mudar o desaforo
Num País que descobriu e deu mundo
Tem gerado políticos mesquinhos
Que só o têm sabido levar ao fundo
Não nos venham argumentar ser a crise mundial
Poder-se-á compreender ser flagelo
Porém nunca foi previsto em Portugal
No mundo já se prevendo, eram tomadas medidas
Aqui a cigarra cantava sem igual
Sabia fingir que mentia
Cá neste ocidente  o que sabia era receber muito metal
Se bem se recordam mentiam
Dizia nas Televisões: ter criado um oásis sem igual
O que nos apresentam agora
É um grande deserto natural
Condicionar a justiça
Desataram a aparecer focos de corrupção anormal
Muda a hora
É tempo de dizer basta!... Afinal
Queremos amor pelos miseráveis, pelo próximo
Basta de conduzir o País a uma charada banal
Não se quer subir a outra galáxia
Onde um quarto mundismo possa ser normal
Devemos querer, antever a restauração
Hoje mudou a hora afinal
Temos de dizer não e querermos muito mais
Fazer soar a hora de restaurar Portugal
Fora as inconfessáveis mordomias
Desses de pataratas do anormal
Que criaram uma lauta mesa no poder
O poeta tem de ser duro em Portugal
Denunciar o que se que se passa
Acenar com verdade afinal
A verdade, para muitos poderá custar a deglutir
Só com ela este belo jardim
Poderá algum dia florir

Daniel Costa

sábado, 10 de março de 2012

POEMA FESTA DA VIDA

 
PRIMAVERA DA VIDA

Façamos dos nossos dias uma alvorada
Estejamos sempre na Primavera da vida
Esta terá de ser sempre amada
Viver é como sentir o perfume da giesta
Que dela sejamos sempre enamorados
Para que andemos em contínua festa
Vivamos sempre o amor com ditos e piropos
Ainda que a desgraça que no mundo grassa
Seja de nos trazer loucos
Devemos dar exemplos de alegria
Para vergonha de muitos governantes taralhocos
Que se julgam fadados para a mestria
Porém acabam por comandar naves
Ocas, que mais ocas transformam a cada dia
Revelam desamor pelo mundo
Revelando muita cobardia
Apenas sabem conduzir um mundo muito seu
Onde só exista a sua mordomia
Procuremos sempre amar
Esmagar com optimismo tanta fantasia
Que por nós passa, como se fosse graça
De quem julga saber de alquimia
Como se vivesse noutro planeta
Onde não houvesse a luz do dia
Façamos da vida uma permanente Primavera
Aprendamos a ser modernos
Gritemos bem alto: estamos noutra Era!...
Tenhamos amores sempre modernos e eternos
Que a Primavera da vida seja pura alegria quisera
Um mundo vivificado
Não uma permanente quimera!

Daniel Costa


terça-feira, 6 de março de 2012

POEMA EMPIRISMO DA FELICIDADE


EMPIRISMO DA FELICIDADE

 Comigo aconteceu
Sonhar com exuberante euforia
Um sonho que só podia ser meu
Viajava numa ambulância, rumo a casa
Isso vim a ter conhecimento, aconteceu
O veículo, vi-o como um descapotável
Não intuía estar numa etapa breve a caminho do céu
Muito positivista, razão teria para o sonho de euforia
Assim sonhava e me vivificava eu
Empirismo da felicidade estará nos sonhos
Comigo aconteceu
Aconteceu uma década atrás
Agora a dogmática Maria me apareceu
Sempre vivi no sonho
Do sonho em que vive no ego meu
Quem sonha positivo
Com carisma de bondade de eterno optimismo
A felicidade terá como aditivo
Algo que os sonhos registam
E nós tornamos criativo
Comigo aconteceu
Não senti sofrimento e sinto-me bem vivo
Continuo vivendo
Deuses e deusas eu bem os digo

Daniel Costa



sábado, 3 de março de 2012

POEMA EXCLUSIVISMO


ESCLUSIVISMO

Há inúmeras manias
Por vezes são fantasia
Tenho a minha bizarria
Delas falaram-me um dia
No momento uma tara definia
Desde então sempre a revia
Falar dela me comprazia
Talvez devido ao novo século
Que chegou um dia
Do anterior não ficou dor
Não ficou desamor
Questiono se fiz
Se a conjuntura o fez
Algo de exclusivismo
Anotei uma vez
Aos dezasseis anos
Ganhar jorna de homem
No Casal Torneiro
Terá sido favor que um deus fez?
Aventura, força de querer, sensatez?
Estimulante talvez
Porque cavei
Acima da média, a jorna, ganhei
Em três concelhos do Oeste
Peniche. Bombarral e Lourihei*
No campo, de sol a sol trabalhei
Na guerra de Angola
À coordenação do rancho cheguei
Em Lisboa, trabalhando e estudei
Nos trabalhos dirigi e coordenei
Que mais sei?
Ou por outra, quanto mais observo
Quanto mais procuro, menos sei
Mas este é o meu tempo
O de me achar com direito
A alimentar a mania
Da exclusividade do dia

Daniel Costa

* NOTA: O EI era muito, da fala popular,
               no meu Oeste natal.
             Aqui refere Lourinhã.