quarta-feira, 17 de setembro de 2014

POEMA ONDAS DA RÁDIO





ONDAS DA RÁDIO


Espírito ameríndio
Parecia ter a Rádio Galena
Ondas da rádio
Coisa pequena
Cinquenta e dois, lavradio
Vivia a felicidade terrena
Vivia junto ao mar sadio
Vasto campo para montar antena
A curiosidade veio com um tio
Se denominava Galena
Precisando de grande fio
A servir de antena
Para funcionar. a rádio
Doze anos; mente ativa e serena,
O futuro poeta, de sol a sol, no regadio
Trabalhava como indígena
À parte o desafio
A tarefa, não era pequena
Havia contentamento e brio
No Domingo funcionaria a Galena
Partia o cobreado fio
De uma figueira a estabelecer, antena
Ah… Era necessário contato terra, ou rio!
Sem alimentação funcionou sem anátema
Ondas de rádio,
Sistema há arcaico, de Galena!
Apenas captava, o emissor oficial, no seu horário,
É meu privilégio recordar a repetida cena!
Agora, em dois mil e catorze, satélites são pódio!
Há muito deixei o trabalho, na arena,
Viajo para sul, outro continente, outro estádio
Aporto ao Ceará, a uma cidade pequena,
É lá no Brasil, em Morrinhos, adentro no estúdio,
Estúdio da Rádio Princesa do Norte A M; vale a pena
Interagir para agrado e gáudio
Aló Tereza Maria, alô… A tua entrega foi açucena!
Ondas da radio! 


Daniel Costa

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