MINHAS DORES, MINHA ALMOFADA
Por um poeta, fui cotejada
Os deuses assim quiseram
Minhas dores, minha almofada
Aconteceu, como promoveram
Bafejo de aurora, de alvorada
Anjos e arcanjos favoreceram
Que detivesse o poder de amada
O desejo e o amor me enriqueceram
Amor de textura amendoada
Presente o que amados construíram
A dor, ao sentir, ficou atordoada
As dores do amor; se lamentaram
Minhas dores, minha almofada
Elas, as dores, me atormentaram
Persistentes, procuraram morada
Com o meu amor, nada puderam
Minhas dores, minha almofada!
Daniel Costa
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