sexta-feira, 31 de julho de 2015

POEMA ARRE BURRO



ARRE BURRO  

Balada de esturro!
Asinino em extinção
Arre burro!
 Mereceu atenção
Não se fez casmurro
Na quietude deu lição
Sem arreata ficou,
Quieto fez tenção
O dono, da água-pé provou
Daniel Oliveira, o manjericão!
O burro quieto, descansou
Da longa caminhada de supetão
Desde o pinhal de Leiria, suportou
O dono descalço era mocetão
A dupla ali deixou
Dois molhos de caruma, em jeito de festão
A estratégia os arrumou
Dependurados no dorso, do valentão!
A memória se guardou
O aconteceu em 1948, então
Em matança, o porco esticou
A caruma fez tição
Arre burro!...
 
Daniel Costa

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