sábado, 18 de fevereiro de 2012

POEMA EM XACASSAU


EM XACASSAU
 
Não, era invento, foi deslumbramento
Foi  no mês de Setembro mil nove e sessenta e três
Houve grande apelo ao talento
Estavamos no magnifico planalto da Lunda
Houve reunião com o sargento
Na grande floresta linda
Sem meios de comunicação, para três dias havia sustento
De uma expedição se tratava
Da cidade diamantífera do Dundo, Angola
Para a de Saurimo seguiamos, o camião abanava
Por fim desconjuntado 
 Atravessara o extenso rio e parava
Como que a dizer não
 Limpída água, bacalhau, batatas, azeite e couves
Era esse o tempo de alguém por acaso passar com solução
Como se jogassemos o berimbau
Ali estávamos quedos, também havia pão
Até que por ali passou o chefe de posto de Xacassau
Haviam passado cerca de vinte e quatro horas então
À cidade de Saurimo arranjar argumentos
Que demovessem a andar o camião
Concertada a viatura acabou o jogo do pau
Caminho segui-se então
Comandandava o sargento, comida em Xacassau
Churrascada à africana, vamos também dornmir, disse o sargentão
Depois foi abastecer em Saurimo
Não só na militar mantenção
Tudo menos mau, um mimo
Rodou-se noite adentro na ganga de burgau
Para deglutir nova churrascada e dormir
Gozar de novo o ambiente do posto de Xacassau
Regresso ao outro dia
Chegaváva-se à base
Terminava o sofrimento e com ele a folia

Daniel Costa

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