domingo, 18 de janeiro de 2015

POEMA APRENDER É DEMAIS


 
APRENDER É DEMAIS

O princípio está nos anais
Toda a gente tem a sua história
Aprender é demais
Se não me falha a memória
Mil novecentos e quarenta e sete mencionam os forais
Comecei na escola, senti como vitória
Ano em que passou a terceira classe, não mais
A ser oficialmente obrigatória
A população escolar já tinha números anormais
 Para aumentar as estruturas nova sala na hora
Criada em termos pouco formais
Passou a haver então nova embora
Ficou com metade de sua casa mais os quintais
Cândido João cedeu, aproveitou realizar dinheiro na Torá
Duas salas de aula eram pouco para todos pardais
A professora, Marquinhas rejeitou, como se deitasse fora
Eu e o primo Honorato fomos excluídos dos ademais
  A mãe fazia questão que eu ficasse na maioria
Porém, teve de procurar outro cais
Encontro-o em Ribafria, a Felisbela aceitaria
Diariamente, carregados os bornais
Eu e o primo do trajeto fazíamos uma rebaldaria
Em pouco tempo, a quatro amigos, ficámos leais
Era o Engrácio o Espírito Santo e os dois José na pradaria
Ao fim de poucos dias a Marquinhas nos aceitou no cais
O tempo da folia e a quilometragem acabou para Riba Fria
Os amigos por anos vê-los jamais
Até que o Engrácio; voltei a ver já na aposentadoria
Aprender é demais!

Daniel Costa

      


 

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