domingo, 25 de janeiro de 2015

POEMA ÀS PORTAS DO CÉU

 
ÀS PORTAS DO CÉU  
Esperanças, sem véu
Tinha três anos apenas, mas recordo
Às portas do céu
Mesmo a bombordo
Lugar para mim deu
A tia Regina - Parecia absurdo:
- Jazia ali, seu corpo devia entrar num mausoléu!
 Caritativa; em tenra idade me fez felizardo
Era bastante miúdo, mas sou quem nunca a esqueceu
Comigo repartia, como se me tomasse por galhardo
Acesso a bananas era para tuberculoso rico, um Galileu!
Ela tinha! Sempre comigo repartia, quando estava a bordo
Setenta anos passaram mas a reverencio, tirando meu chapéu
Talvez fosse para não deixar sós os dois filhos, fui alado
Como se viajasse ao Bornéu
Fui ter oportunidade de amar, como já me sentira amado
Amar quando a tia amiga, feneceu
A olhei solenemente, com resguardo
Fiz como vi fazer, o momento era solene, me comoveu!
Sentimento perene que abordo
Às portas do céu
Voou e ali adormeceu!
Às portas do céu!


Daniel Costa

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